Projecto de conservação de aves como a águia-perdigueira
Está em curso um projecto de conservação de aves ameaçadas no Parque Natural do Douro Internacional.
Está em curso um projecto de conservação de aves ameaçadas no Parque Natural do Douro Internacional.
A Norcaça, Norpesca & Norcastanha, decorre em Bragança de 1 a 4 de novembro de 2018.
Um projeto de valorização do património cinegético, piscícola, gastronómico e turístico do Norte;
Um desafio a todos os caçadores, pescadores, agentes económicos e amantes da Natureza;
Um chamamento à melhor gestão dos nossos recursos hídricos e piscícolas;
Uma evidência de que os nossos muitos rios necessitam de urgente proteção da sua variada, mas já escassa, fauna ictiológica;
Atrás dos montes, no Norte de Portugal, mesmo junto a Espanha, encontramos Miranda do Douro, terra distante dos grandes centros urbanos, mas que tem o direito de possuir a segunda língua oficial portuguesa. A cerca de 73 km de Bragança e 56 km de Zamora, cidade espanhola mais próxima, na província de Castilla y León, posiciona-se na margem direita do Rio Douro, que vem desaguar na cidade do Porto, no litoral português.
Poucos territórios possuem biodiversidade tão rica como o Parque Natural de Montesinho, situado às portas de Bragança. Com oitenta por cento dos mamíferos que ocorrem em Portugal, só aqui se poderá deparar com um grupo de veados junto à estrada, avistar um corço a alimentar-se num carvalhal, descobrir sinais da presença de javalis num prado ou escutar o uivo de um lobo, numa noite límpida.
Nos céus, a águia-real, a cegonha-negra ou o picanço-de-dorso-vermelho fazem companhia a cento e sessenta espécies de aves, muitas delas igualmente raras, transformando a região num paraíso para ornitólogos.
“A riqueza natural e paisagística do maciço montanhoso Montesinho – Coroa e os valiosos elementos culturais das comunidades humanas que ali se estabeleceram justificam que urgentemente se iniciem ações com vista à salvaguarda do património e à animação sócio – cultural das populações”.
Constitui este parágrafo o início do preâmbulo do Decreto-Lei nº 355/79, de 30 de agosto, que classificou a parte norte dos concelhos de Bragança e Vinhais como Parque Natural. Este estatuto justificava-se, assim, face aos valores naturais, paisagísticos e humanos da região, à recetividade das autarquias locais para a salvaguarda do património dos seus concelhos e freguesias e às potencialidades de recreio e desporto ao ar livre que a região possui.
Na área do PNM existem populações e comunidades animais representativas da fauna ibérica e europeia ainda em relativa abundância e estabilidade, incluindo muitas das espécies ameaçadas da fauna portuguesa, bem como uma vegetação natural de grande importância a nível nacional e mesmo mundial que, associadas à reduzida pressão humana verificada em quase todo o seu território, permite que grande parte dos processos ecológicos evoluam em padrões muito próximos dos naturais. Todos estes valores, exemplares em termos de conservação da Natureza, justificam a aplicação de medidas de proteção adequadas a uma zona que constitui património nacional e europeu.
Perdiz dada como extinta foi vista em Trás-os-Montes
O site Boas Notícias refere, hoje que:
“Ao fim de longas décadas, a perdiz-cinzenta, espécie julgada extinta, voltou a ser avistada em território português. Luís Henrique Pereira, jornalista da RTP, anunciou, esta sexta-feira, ter registado em vídeo e fotografia a ave que não era vista em Portugal “no mínimo há 60 anos”, na Serra de Montesinho, no Nordeste de Trás-os-Montes.
O jornalista disse à Lusa ter redescoberto a ave “por acaso, no dia 25 de Maio, no âmbito de filmagens para um documentário sobre borboletas” realizadas pela equipa do programa da RTP “Vida Animal em Portugal e no Mundo”. “Foram vistos oito exemplares, que supomos serem quatro casais”, contou Luís Henrique Pereira.
Trata-se de uma espécie, também conhecida como charrela, endémica da região ibero-pirenaica e que tem estado, segundo adiantou, em forte declínio em várias regiões da Europa. De acordo com as informações avançadas pelo repórter, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) acredita que a perdiz-cinzenta “não era vista em Portugal, no mínimo, há 60 anos”.
Fonte: Boas Notícias