A Ponte de Gimonde ou Ponte velha, como é mais vulgarmente conhecida, ergue-se sobre o Rio Malara.
Com acesso actualmente através da EN 218, faz a travessia a cerca de oito quilómetros de Bragança, cem metros a montante da ponte de finais de século XIX que serve presentemente a circulação rodoviária.
Na origem, tratar-se-ia de uma estrutura edificada durante o processo de romanização desta região do Noroeste Peninsular, integrando a denominada Via XVII, que estabelecia a ligação entre Bracara Augusta (Braga) e Asturica Augusta (Astorga), passando por Aquae Flaviae (Chaves) e que serviria de igual modo os habitantes do Castro de Gimonde, onde foram identificados e recolhidos inúmeros vestígios de ocupação romana. Escassos vestígios persistem da construção que seria primitivamente em xisto, a matéria-prima mais abundante na região, argamassado com barro, em opus incertum.
A ponte existente é em alvenaria de xisto, tem seis arcos idênticos de volta perfeita, construídos com aduelas estreitas e compridas em placas de xisto aparelhadas. O seu comprimento é de 144 metros por uma largura total de 4,5 metros. De ambos os lados possui cinco talhamares de perfil triangular. O tabuleiro em corcova encontra-se delimitado por guardas de xisto com 0,40 metros de espessura. A meio do corpo da ponte estava um grande olhal redondo que serviu para conduzir a água para um moinho que aqui existiu.
Com efeito, esta ponte resulta de uma profunda intervenção conduzida durante o período medieval, numa clara evidência da pertinência dos propósitos que servia e para os quais fora concebida de início, tendo sido então utilizada pelos peregrinos que se deslocavam a Santiago de Compostela.
Classificação: Imóvel de Interesse Público (IIP) – Decreto n.º29/90, DR, I Série, n.º163, de 17-07-1990
Para aproveitar ao máximo estas belas paisagens da região, a A.Montesinho oferece as condições ideias para um bom descanso e boas refeições. Venha ter connosco!